A farmacêutica brasileira União Química, parceira do Fundo Russo de Investimento Direto para a produção da Sputnik V no Brasil, anunciou, nesta quarta-feira, que vai pedir a liberação para uso emergencial do imunizante no país em janeiro, assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar os testes da fase 3, cujo pedido foi enviado pelos russos na última terça-feira (29). A vacina já está sendo aplicada na Rússia, Belarus e Argentina. 3h423e

O presidente do Tear, Jorge Callado, informou que o acordo de cooperação entre o governo do Paraná e o da Rússia, que pouco havia avançado entre setembro e dezembro, foi redefinido neste mês para adequar o desenvolvimento da vacina ao PNI.

“Com o ajuste da parceria, o Tear será o representante da vacina Sputnik V junto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, assim que o registro da vacina seja obtido junto aos órgãos regulatórios brasileiros”, disse Callado. O acordo prevê também a possibilidade de transferência de tecnologia ao Tear, para que o instituto seja um dos parceiros científicos e tecnológicos do Fundo no país e a disponibilidade dos hospitais universitários estaduais para a execução da fase 3 no país.

Na prática, o novo acordo prevê que as vacinas russas importadas ou, até mesmo, posteriormente produzidas pelo Tear sejam fornecidas ao Ministério da Saúde, para a distribuição através do Plano Nacional. “Vamos respeitar e atuar de acordo com o PNI. Se a vacina for aprovada, ela integrará o PNI, tendo o Tear como representante”, disse Callado.