“Além disso, o cronograma de obras também foi antecipado. Antes, a previsão era da conclusão das obras em nove anos. Agora, praticamente todas as obras serão entregues em até sete anos”, disse Mohr, citando, entre as obras antecipadas, o contorno sul de Curitiba, que terá pista quádrupla em sete anos, de acordo com o cronograma divulgado pela ANTT.

Com as adaptações feitas após a audiência pública, o plano de concessão dos 3.368 quilômetros de rodovias paranaenses prevê 1.782 km de duplicação, 370 km de faixas adicionais, 250 km de vias marginais, mil interseções e viadutos, 200 novas arelas de pedestres, dez contornos urbanos, três rampas de escape, 11 áreas de descanso para caminhoneiros e 46 postos de atendimento ao usuário.

Maioria das sugestões foi ignorada, critica coordenador da frente do pedágio

Paralelamente à audiência pública oficial da ANTT, a Frente Parlamentar do Pedágio da Assembleia Legislativa realizou 18 audiências públicas por todas as regiões do estado e apresentou, na audiência da ANTT, todas as contribuições colhidas em seus eventos. Coordenador da frente, o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) diz que a maior parte das reivindicações ficou de fora do novo plano de concessões das rodovias paranaenses encaminhado na semana ada pela ANTT para análise do Tribunal de Contas da União (TCU).

“A Frente Parlamentar sobre o Pedágio expôs várias falhas no projeto proposto, além de ser altamente nocivo à competitividade econômica do Paraná. Porém, o que chamou a atenção foi ver que o plano de outorga encaminhado ao TCU não atendeu pedidos básicos da sociedade paranaense”, cita

O deputado cita entre os principais questionamentos levantados pela frente o prazo de concessão de 30 anos (que ainda foi encaminhado pela ANTT com a possibilidade de prorrogação por mais cinco anos), a instalação das 15 novas praças de pedágio e, em especial, a praça entre Cascavel e Toledo, em uma rodovia que já foi duplicada pelo Poder Público e que é de trânsito diário dos moradores da região.

Outra praça que causou indignação é a que está prevista entre Toledo e Cascavel, com tarifa base de R$ 6,98. A praça de Londrina, também está mantida na PR-445.

Das sugestões do G7, Mohr comenta que um ponto não contemplado foi a expansão do trecho concedido no Sudoeste do Estado. “Na região Sudoeste, o pedágio termina em Pato Branco e não dá sequência da rodovia, em direção a Palmas, General Carneiro, União da Vitória e Lapa. Para termos estradas nas mesmas condições, sugerimos a inclusão deste trecho, até, se fosse o caso, com a criação de um sétimo lote. Não atenderam, mas esperamos que, no futuro o Ministério da Infraestrutura licite esse trecho para fazer a complementação do corredor no Sul do Paraná”.

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