Sobre as manifestações que aconteceram em 15 de maio contra o governo, mais especificamente contra o bloqueio de verba nas universidades, 57% responderam que tiveram importância, 38% que não tiveram relevância e 5% não souberam ou não responderam.
Já sobre a probabilidade de manifestações se repetirem, 86% acreditam que elas vão voltar a acontecer, contra 11% que acham que elas não vão mais acontecer. A pergunta, da forma que foi feita, não deixa claro se está falando de manifestações contrárias ou favoráveis ao governo, apesar de dar a entender que questionava sobre protestos contra. A questão foi feita logo após a pergunta sobre as manifestações do dia 15 de maio.
Os entrevistados também tiveram que, pela primeira vez, avaliar o andamento da agenda do governo no Congresso. Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória, enquanto 35% afirmam que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso. Outros 30% creditam o ritmo lento a entraves feitos pelo próprio Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão.
Apesar de avaliarem o andamento da agenda como lento, 70% defendem a manutenção do atual sistema de presidencialismo. Somente 18% concordam com a mudança para o parlamentarismo.
A pesquisa extraordinária da XP/Ipespe foi feita por telefone nos dias 20 e 21 de maio com mil entrevistados que representam a população de eleitores do Brasil. A margem de erro é 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa imediatamente anterior foi feita no início de maio.