Exonerado do cargo pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, após o pedido de "reserva" de doses de vacina para 7 mil pessoas, o médico Marco Polo Freitas disse nesta terça-feira (29) que, em 11 anos de atuação no tribunal, nunca realizou "nenhum ato istrativo sem a ciência e a anuência dos meus superiores hierárquicos". Freitas disse à reportagem que soube da exoneração pela imprensa. Além de solicitar as doses para a Fiocruz, o Supremo pediu o mesmo número de vacina ao Instituto Butantan.

"Respeito rigorosamente a hierarquia istrativa do Supremo Tribunal Federal. Nesses 11 anos no STF, nunca realizei nenhum ato istrativo sem a ciência e a anuência dos meus superiores hierárquicos. Continuarei, como médico, de corpo e alma, na luta diária pela saúde e bem-estar das pessoas", escreveu o médico, em resposta enviada por e-mail.

A solicitação enviada à Fiocruz foi assinada pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, no dia 30 de novembro. No comando da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde, cargo que ocupava desde a presidência de Ricardo Lewandowski, em 2014, Freitas fazia o acompanhamento médico dos ministros. Além de ter o às fichas médicas dos magistrados, ele indicava, nas viagens oficiais dos integrantes da Corte, os hospitais locais de referência para urgências de saúde. Também foi ele quem viajou a Paraty (RJ) após o acidente aéreo que levou à morte do ministro Teori Zavascki.

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