Ainda de acordo com o MP, em março de 2015, Beto Richa determinou que Maurício Fanini “excluísse de todo e qualquer dispositivo eletrônico que possuísse todo e qualquer registro em foto ou vídeo em que ambos aparecessem, bem como qualquer comunicação existente entre eles”. Já em julho de 2015, o advogado Sérgio Botto de Lacerda, a pedido de Beto Richa, também teria conversado com Maurício Fanini sobre o assunto.
Botto de Lacerda teria pedido, segundo o MP, para Fanini “se desfazer de qualquer elemento de prova que pudesse vinculá-lo ao então governador do estado, bem como de qualquer quantia de dinheiro em espécie que, eventualmente, possuísse em sua residência”. Fanini estava na iminência de ser preso e também teria sido avisado por Botto de Lacerda sobre a possibilidade de detenção.
A Gazeta do Povo ainda tenta contato com as defesas dos réus, nesta segunda-feira (1º). Na ação penal, eles terão um prazo de dez dias para apresentarem suas defesas, assim que notificados sobre o acolhimento da denúncia.
Quando houve o oferecimento da denúncia do MP, a defesa de Beto Richa alegou perseguição, argumentando que foi a gestão do ex-governador do Paraná que descobriu e denunciou as fraudes nas obras das escolas, “tendo tomado as medidas cabíveis, no âmbito istrativo, para responsabilizar os culpados”.