No mesmo processo, as testemunhas arroladas pela defesa serão ouvidas em maio, entre os dias 4 e 8. Já as quatro testemunhas arroladas pelo MP serão ouvidas no mês de abril, nos dias 6 e 7. Entre elas, estão três delatores: os empresários Eduardo Lopes de Souza (dono da Valor Construtora) e Iolmar Ravanelli (dono da M.I. Construtora de Obras); e o engenheiro civil Maurício Fanini. Os três itiram crimes e firmaram acordos de colaboração premiada com o MP.
O principal delator da Operação Quadro Negro – que apontou a participação de políticos no desvio de dinheiro – é Maurício Fanini, que durante o primeiro mandato de Beto Richa no governo do Paraná (entre 2011 e 2014) ocupava a cadeira de diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), braço da Secretaria da Educação.
O segundo interrogatório de Beto Richa acontece logo na sequência, entre os dias 9 e 10 de junho, no âmbito de uma ação penal que envolve dez licitações vencidas pela Valor Construtora para obras de escolas. O tucano é acusado pelos crimes de organização criminosa, corrupção iva e prorrogação indevida de contrato de licitação.
Além de Beto Richa, outras seis pessoas são rés no caso – um deles, Pablo Augusto Granemann (ligado a Luiz Abi Antoun, que é empresário e primo de Beto Richa) foi incluído posteriormente no processo. Também são réus o próprio Abi, o empresário Jorge Atherino (condenado recentemente no âmbito da Operação Piloto, da Justiça Federal); e o ex-secretário estadual Ezequias Moreira Rodrigues. Todos rejeitam as acusações. Os dois outros réus são os delatores Eduardo Lopes de Souza e Maurício Fanini.
Já as testemunhas arroladas pela defesa serão ouvidas em maio, entre os dias 11 e 15. As pessoas chamadas pelo MP para prestar depoimento serão ouvidas entre os dias 13 e 15 de abril e entre os dias 22 e 23 de abril.
Quase um mês depois, Beto Richa volta a ser interrogado em outra ação penal derivada da Operação Quadro Negro, entre os dias 8 e 9 de julho. O tucano se defende neste processo das acusações de obstrução de justiça e organização criminosa. O MP sustenta que ele teria tentado atrapalhar as investigações, com ajuda de outras pessoas.
Outras seis pessoas também são rés no caso, incluindo a ex-primeira-dama e ex-secretária estadual Fernanda Richa, o ex-procurador-geral do Estado Sérgio Botto de Lacerda e o empresário Jorge Atherino. Todos negam terem cometido irregularidades.
As testemunhas do MP têm audiências entre os dias 18 e 21 de maio. Já as testemunhas chamadas pela defesa serão ouvidas em dois momentos – entre os dias 15 e 18 de junho e de 22 a 24 de junho.
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