O investigador também reforça que uma das cláusulas do acordo de leniência prevê a participação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão do governo do Paraná, na definição da lista de obras que deverão ser executadas com os R$ 365 milhões. Na visão do MPF, cabe ao DER decidir quais obras hoje são consideradas prioritárias.
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Camargo pondera ao final que a negociação é um ato complexo, que envolvem “vários meses até se chegar a um bom termo para as duas partes”. “Avançamos até onde dava. Sem abrir mão do que a gente esperava que era devido. Mas tem que ter a concordância da outra parte. Acho que foi excelente, porque a Rodonorte revelou crimes graves. E, caso posteriormente a gente descubra outros valores omitidos pela empresa, ela ficará sujeita até à rescisão do acordo de leniência”, acrescentou ele, que entrou na equipe da Operação Lava Jato em outubro do ano ado, com a saída de Carlos Fernando dos Santos Lima.
Derivada da Lava Jato, a primeira fase da Operação Integração foi deflagrada em fevereiro do ano ado e apura atos de corrupção entre agentes públicos e as seis concessionárias de rodovias que atuam no Anel de Integração. Entre os já denunciados no caso está o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que nega ter beneficiado as empresas de pedágio nos contratos de concessão em troca de propina.