Outro aspecto, segundo o economista, é o aprendizado da pandemia. “As indústrias, no mundo todo, tiveram grandes dificuldades de o a insumos e matérias-primas com qualidade e entregues no prazo nos períodos mais críticos da crise sanitária provocada pelo coronavírus. E, depois disso, aram a se programar e se planejar melhor, comprando um pouco mais do que sua necessidade imediata para manter um pequeno estoque e não correr o risco de não poder produzir por falta desses produtos”, comenta.
Para o economista da Fiep, a estratégia é correta porque, neste momento, o avanço da variante ômicron, mesmo sendo menos grave, pode determinar a necessidade de isolamento das pessoas contaminadas, o que resultaria em em falta de mão de obra nas linhas de produção, impactando o fornecimento de produtos.
Com as importações maiores do que as exportações, o saldo da balança comercial paranaense caiu 53% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, ficou positivo, com superávit de US$ 2,1 bilhões (na comparação de 2021 com 2020). No período anterior (2020 comparado com 2019) o superávit chegou a US$ 4,4 bilhões.
Os países dos quais o Paraná mais importou foram China, Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Só da China, as importações cresceram 62,4% em relação ao período anterior. Em relação às exportações, os principais destinos dos produtos paranaenses foram China, Estados Unidos, Argentina e México.
O carro-chefe das exportações foram produtos do complexo soja, seguido de carnes, madeira e veículos. Chama a atenção o aumento das exportações para o México, que cresceram 80% de 2020 para 2021. E, também, o grande volume de exportação de madeira para os Estados Unidos. O mercado norte-americano absorveu 50% de tudo o que o Paraná exportou de madeira no ano ado.
Outro destaque foi o crescimento das exportações de móveis. O segmento é pouco expressivo no total, representa apenas 1% de tudo o que o Paraná exporta, mas o aumento foi significativo. O estado exportou, em 2021, US$ 179,7 milhões em móveis. Em 2020, as exportações desses produtos somaram US$ 99,6 milhões. Ou seja, o crescimento de um ano para outro foi de 80,5%. As exportações de móveis tiveram como destino principalmente os Estados Unidos.
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