Especialmente relevante nos esforços legislativos relativos à defesa da vida é o fato de os projetos não se destinarem apenas a proteger o nascituro, mas também a mãe. No debate sobre o aborto, as duas vidas importam, e a nova leva de textos em tramitação no Congresso faz questão de lembrar disso, oferecendo oportunidades às mães em situação vulnerável durante a gestação e depois do nascimento do filho.
O Congresso, no entanto, não pode perder tempo. A ADI 5581 foi retirada de pauta por ora, mas pode voltar. E o grande perigo para a vida no Brasil, a ADPF 442, que pede a legalização do aborto em todos os casos no primeiro trimestre de gestação, segue na corte, com relatoria de Rosa Weber, que já mostrou suas tendências no episódio da audiência pública convocada por ela para discutir o tema. A ala do STF que acredita no ativismo judicial não está disposta a perder a corrida, e apenas a ação do Legislativo pode garantir que ministros favoráveis ao aborto, como Luís Roberto Barroso, parem de tomar para si o papel de legisladores, ainda mais em matéria tão importante quanto a vida dos mais inocentes e indefesos entre os seres humanos.