As prováveis causas da tragédia ainda são desconhecidas pelas autoridades, que não divulgaram a nacionalidade das vítimas. 3y5n71
Segundo o jornal inglês The Guardian, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson realizará uma reunião de emergência sobre a tragédia no Canal.
O naufrágio acontece em meio a um aumento da tensão migratória em Calais e suas regiões próximas, depois de picos registrados em 2015 e 2016. Neste ano, 24.655 pessoas tentaram cruzar o Canal da Mancha de maneira irregular. Ao longo de todo o ano de 2020, foram 9.551 migrantes ilegais buscando realizar a travessia.
Pierre Roques, coordenador da ong Auberge des Migrants, em Calais, disse à Presse que teme que o Canal da Mancha se torne tão mortal para refugiados quanto o Mediterrâneo. “Estão morrendo pessoas no Canal, que está virando um cemitério. E como a Inglaterra é logo do lado oposto, as pessoas continuarão a tentar atravessá-lo”, afirmou.
O primeiro-ministro da França, Jean Castex, se manifestou sobre o naufrágio e o classificou como “tragédia”, em postagem no perfil que mantém no Twitter. “Dirijo meus pensamentos aos inúmeros desaparecidos e feridos, vítimas dos traficantes criminosos, que exploram o desespero e a miséria dos imigrantes”, escreveu.
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, se dirigiu para Calais, onde acompanha os trabalhos das autoridades locais e equipes de resgate. Na semana ada, foi desbaratada uma rede de tráfico de imigrantes no Canal da Mancha, com a prisão de 15 pessoas. Na região, é grande o fluxo de pessoas originárias de Afeganistão, Bangladesh e Eritreia, entre outros países.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, se manifestou no Twitter sobre a tragédia. “Esta é uma notícia de partir o coração. Meus pensamentos vão para todas as pessoas afetadas por este trágico evento. Ninguém deveria ter que arriscar sua vida dessa maneira. Aqueles que procuram refúgio precisam de rotas seguras - o governo britânico deve trabalhar com as autoridades sas para fornecê-las”, afirmou.