“O Congresso vai ser induzido a votar porque estou anunciando antes, se for eleito. Então, terei sido eleito eu e as ideias. Portanto, o Congresso estará informado de que o povo brasileiro ‘revolucionariamente’ me elegeu com esse pacote de ideias em que o teto de gastos está lá como impertinência absolutamente ‘atécnica’ (sic), aberrante e absolutamente violenta que não existe em nenhum lugar do mundo nem na literatura. [O instrumento fiscal será] a minha biografia, o único homem público brasileiro que nunca praticou um dia sequer de déficit público”, disse citando cargos que ocupou, como prefeito de Fortaleza (1989-1990), governador do Ceará (1991-1994), Ministro da Fazenda (1994-1995) e Ministro da Integração Nacional (2003-2006). 605t61

A solução para isso, de acordo com ele, é propor uma lei ordinária que discipline e coloque todos os gastos sob o mesmo teto, sem exclusões como ocorre hoje em dia. É um modelo semelhante ao dos Estados Unidos, onde eventuais desequilíbrios são discutidos por toda a sociedade.

"Identidade de gênero é agenda do George Soros", diz Ciro 5o253h

Outro tema que Ciro Gomes acreditar não ser da atribuição do presidente é a identidade de gênero, embora reconheça que há um desequilíbrio na sociedade entre homens e mulheres, preconceito por raça e homofobia. Para ele, o cerne destas discussões está na desigualdade econômica do país, mas que acabou sendo levantado pelas esquerdas como uma questão isolada e sem ligação com a miséria e a falta de oportunidades.

“Quem está financiando essas agendas no Brasil é o ‘Open Society’ do George Soros. O Psol é financiado pelo George Soros, aí faz esse discursinho [de minorias] e vai se aliar com o Meirelles, é uma coisa constrangedora”, disse em referência ao ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central que nesta semana anunciou apoio à candidatura de Lula.

O filantropo bilionário George Soros é conhecido por apoiar causas políticas progressistas, com doações através de sua própria fundação – a Open Society, que Ciro citou na sabatina. No Brasil, segundo levantamento da Gazeta do Povo, a fundação já ajudou a financiar várias organizações, como o Instituto Sou da Paz, Instituto Igarapé e Conectas. Soros também já teceu críticas às políticas ambientais no presidente Jair Bolsonaro, dizendo que ele não consegue impedir o desmatamento florestal.

"Ninguém é a favor do aborto", diz Ciro 2130s

Ao ser questionado sobre a discussão da legalização do aborto se for eleito, Ciro Gomes disse que essa não deve ser uma atribuição do presidente da República e que não é algo a ser debatido nesta fase da campanha eleitoral.

De acordo com ele, o tema só reaparece para discussão a cada quatro anos em um período que há outras questões mais importantes a serem debatidas pelos candidatos.

“Quem é que pode ser a favor da tragédia do aborto? Ninguém é a favor do aborto. O aborto é uma tragédia de saúde, emocional, feminina. [...] As pessoas são contra o apenamento do aborto”, afirmou efusivamente, chamando a discussão sobre o tema de “guerra híbrida” da esquerda.

Para Ciro, o Congresso se absteve de efetivamente discutir esse assunto e que precisou o Supremo Tribunal Federal (STF) interceder em determinadas questões – e que isso já resolve. O candidato diz que o presidente não tem que interferir neste assunto, em um país em que as pessoas seguem seus próprios preceitos religiosos.

Metodologia da pesquisa BTG/FSB 5o38c

O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 16 e 18 de setembro de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-07560/2022.