Uma portaria assinada nesta terça (2) entre a Advocacia-Geral da União (AGU), tribunais de Justiça de São Paulo e Bahia e outros órgãos pode encerrar aproximadamente 300 mil processos de execuções fiscais atualmente em andamento nas Cortes dos dois estados. w2m5p

A autorização envolve também o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Procuradoria-geral da Fazenda Nacional (PGFN) para extinguir processos de execuções fiscais em duas situações distintas:

Durante o ato de da portaria, o ministro Jorge Messias, da AGU, destacou que a medida visa a cumprir o princípio da eficiência e agilizar os processos de execução fiscal, que têm sido apontados como a principal causa da lentidão do Judiciário.

“Esses processos representam, aproximadamente, 34% do total de casos inconclusos e 64% das execuções pendentes no Poder Judiciários”, pontuou.

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Messias também ressaltou que a portaria pode encerrar mais de um milhão de processos se outros tribunais de Justiça de diferentes estados aderirem à iniciativa. Por sua vez, o ministro Luís Roberto Barroso salientou a urgência de enfrentar o congestionamento do Judiciário e destacou a importância do cruzamento de dados para identificar pontos de congestionamento que prejudicam as ações judiciais.

O presidente do TJ-SP, desembargador Fernando Garcia, revelou que o estado de São Paulo possui o maior movimento processual do país, com 21 milhões de processos, sendo 12,7 milhões relacionados a execuções fiscais. “Com a portaria, o estado de São Paulo vai conseguir eliminar 280 mil execuções fiscais. Somos o segundo pior tribunal em taxa de congestionamento”, afirmou.

Já a presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Maria Pina Rezende, destacou a necessidade de cooperação entre os poderes constituídos para alcançar resultados que atendam à sociedade.

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