A expansão das receitas foi motivada por volumes de vendas em níveis elevados, bem como maior participação de produtos de maior valor agregado. Apesar da alta de preços dos insumos, como a sucata e o minério de ferro, os resultados foram considerados mais do que satisfatórios, também em função de um controle estrito de custos e despesas.
Segundo a XP Investimentos, o Banco do Brasil registrou resultados muito acima do esperado, impulsionado por uma maior margem financeira, “devido ao crescimento da sua carteira de crédito, enquanto as despesas permaneceram estáveis apesar do aumento da massa salarial e da expansão da carteira”. A instituição financeira divulgou novas expectativas para o ano, com previsão de crescimento da carteira de crédito para 14% a 16% e de um lucro líquido entre R$ 19 bilhões e R$ 21 bilhões.
Segundo o analista Matheus Amaral, do Inter, o Santander teve um resultado acima das expectativas no terceiro trimestre, puxado pelo bom desempenho da margem financeira e da receita com serviços.
“O banco segue com forte resultado, apoiado no bom crescimento da base de clientes totais, que atingiu 51,8 milhões, com uma média de 870 mil novos clientes por mês, sendo 70% de canais digitais. Além disso, sua menor estrutura física comparada aos demais concorrentes de grande porte traz maior controle de custos, que reflete em seu bom índice de eficiência”, diz relatório de Amaral.
A XP Investimentos aponta que a Ambev entregou outro trimestre com forte crescimento na receita, embora câmbio e preços altos das commodities ainda pressionem as margens.
“Fomos surpreendidos por um crescimento de 7,7% nos volumes consolidados devido a um desempenho melhor do que o esperado na unidade Cerveja Brasil, o que consideramos positivo dada a base de comparação mais difícil. Oito dos dez principais mercados da Ambev já estão crescendo acima do terceiro trimestre de 2019”, apontam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca.
Embora a petroquímica exiba o décimo maior lucro do trimestre, os resultados pioraram. O lucro líquido caiu 52% em relação ao trimestre anterior. O resultado operacional encolheu 17% em dólares, motivado pelos menores spreads (diferença entre preço de compra e de venda) internacionais de resinas no Brasil, de polietileno na Europa e de polipropileno no México, e também pelo menor volume de vendas de polipropileno nos Estados Unidos e na Europa.
A empresa concluiu o seu plano de refinanciamento da dívida, que ficou mais alongada. O prazo médio aumentou para nove anos, com custo médio de 7,1% ao ano, ponderado pela variação cambial.
VEJA TAMBÉM: