Com a entrada em regime de urgência, o projeto deve ser votado já na semana que vem, sem precisar ar por análise das comissões permanentes da Casa. Na mensagem encaminhada ao Legislativo, Greca justificou a necessidade de prorrogação da medida às “severas dificuldades” experimentadas pelo transporte coletivo de ageiros, “serviço de natureza essencial”, em tempos de pandemia da Covid-19. 6g2t1g
Segundo o prefeito, o prazo de vigência inicialmente previsto para o socorro às empresas de ônibus, “que se julgava factível no momento da proposição, mostrou-se aquém do necessário para manter a estabilidade econômica do sistema”.
Vereadores de oposição protestaram contra a prorrogação do subsídio, que já havia sido criticado quando foi instituído, em maio. Dalton Borba (PDT) e Professor Euler (PSD) questionaram a urgência de auxiliar empresas de ônibus, enquanto projetos que ambos apresentaram para auxílio emergencial a micro e pequenas empresas, taxistas, motoristas de aplicativo e transportadores escolares tramitam há mais de um mês na Casa e não são colocados em urgência. Segundo Euler, as proposições beneficiariam mais de 100 mil pessoas.
Borba questionou ainda a legalidade do ato, que feriria a lei de licitações, uma vez que não foi precedida de estudo técnico que demonstrasse o desequilíbrio financeiro do contrato. “E é necessário porque é dinheiro público e, neste caso, estamos falando de aproximadamente R$ 200 milhões”. Líder da oposição, Noemia Rocha (MDB) acrescentou que a lei anterior entrou em vigor em 5 de maio e que, portanto, já expirou no dia 5 de agosto, não sendo possível uma prorrogação. “Teria que vir uma nova lei, com um novo projeto de ree. Já estamos no dia 12 de agosto.”
O líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB), rebateu, dizendo que não se trata de um gasto adicional e que o regime emergencial, pelo contrário, geraria uma economia aos cofres públicos. Isso porque, com o funcionamento normal do sistema de transporte público, a Urbs investiria em média, R$ 77,8 milhões por mês para cobrir a remuneração das empresas e a amortização pela depreciação do valor da frota. Com o regime emergencial, o aporte ficaria em R$ 38,4 milhões e, descontados os ageiros pagantes, cairia para entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões.
Noemia disse que não foram apresentadas planilhas de impacto econômico e reiterou tratar-se de ree de dinheiro público, uma vez que a perda de arrecadação das empresas é absorvida pelo município.
VEJA TAMBÉM: