Poucos pais participaram do ato nesta manhã. O grupo se concentrou em frente ao centro de eventos do Barigui e saiu em caminhada, por volta das 10h30, segurando faixas e gritando mensagens de volta às aulas com um megafone. Crianças também seguravam faixas. O Barigui estava com grande movimento de pessoas caminhando e se exercitando neste domingo. “Queremos chamar a atenção para este tema importante para todos”, disse Salles.

O retorno das aulas presenciais tem dividido opiniões em Curitiba, havendo quem defenda o retorno e quem critique a retomada das atividades das escolas sem que haja uma vacina contra o coronavírus, o que pode levar ainda muitos meses para ocorrer. “Entendemos as críticas. Mas os pais que não querem o retorno estão apenas com medo desse retorno, preocupados que os filhos morram, mas, muitas vezes, não levam em conta uma base técnica sobre o risco de contágio. Várias pesquisas, até internacionais, apontam que não há esse risco para as crianças. Inclusive, a chance de as crianças transmitirem a doença é baixa. Seguindo protocolos, não há problema em retomar as aulas”, argumenta Salles.

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O grupo defende um retorno híbrido das aulas presenciais, e Salles acrescenta que os pais que preferirem manter os filhos estudando em casa devem ter o direito de fazê-lo. “Mas os pais que preferem mandar as crianças para a escola não deveriam ser impedidos”, defende o empresário.

Salles também reclama da fragilidade do ensino on-line. “As crianças não têm o mesmo rendimento. Estudos mostram que elas conseguem ficar na tela de um computador, prestando atenção, por cerca de dez dias. Elas já estão há seis meses. Até pode-se dizer que as crianças estão se superando por conseguirem ficar tanto tempo com aulas on-line”.

Secretário de Educação teme evasão e defende discussão sobre retorno

Na semana ada, o secretário de Estado da Educação, Renato Feder, disse em entrevista que está preocupado com a evasão escolar durante e após a pandemia. Ele defende a discussão sobre o retorno das aulas mesmo antes do surgimento de uma vacina, desde que protocolos sanitários sejam seguidos contra o coronavírus.

De acordo com o secretário, apesar de o ensino on-line estar disponível, ele sozinho não é suficiente para estimular os alunos a ficar na escola. Feder também disse temer que, no fim da pandemia, após tanto tempo longe das aulas presenciais, os estudantes optem por abandonar os estudos.

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