Adaptação de produtos e delivery
Questões financeiras não foram as únicas alteradas na relação entre franquias e franqueados. Várias estratégias para a comercialização de produtos tiveram que ser revistas, respeitando os diferentes decretos estipulados para cada região do país.
O sócio proprietário do Mr. Hoppy, Porks e Bar Quermesse, José Araújo Neto, afirma que, após estancar a situação financeira das marcas por meio da isenção de royalties aos franqueados e estipulação de outros acordos, precisou trabalhar na readaptação dos produtos de forma intensa.
“Nós flexibilizamos tudo o que podíamos para que os franqueados pudessem aumentar a receita. Mudamos nossa estratégia de marketing para poder vender mais no delivery e amos a permitir que as lojas fizessem uso de aplicativos locais para realizar as entregas. Entendemos que precisávamos expandir esse canal de vendas com urgência e respeitar as demandas específicas de cada loja”, diz Neto.
Principalmente para as marcas Mr. Hoppy e Porks,
o sócio proprietário explica que precisou repensar produtos. “Nossas marcas
trabalham no formato de bar de rua e, por isso, nossos produtos não eram
adeptos do delivery. Então, montamos combos e adaptamos nossos preços para
atender esse canal”.
Os franqueados das marcas ficaram satisfeitos com as mudanças. Everton Nishii, franqueado do Mr. Hoppy, por exemplo, afirma que a flexibilização facilitou a venda para os clientes que, mesmo em momentos mais rígidos da quarentena, tiveram várias opções de produtos disponíveis em diferentes plataformas.
No entanto, apesar de perceberem a força do
delivery nesse momento, tanto os franqueados quanto o sócio proprietário das
marcas item estar ansiosos pela retomada pois ela significará o resgate da
cultura dos bares de rua, que oferece mais do que o produto; oferece a
experiência.
Como será em 2021
Tanto a franquia da Duckbill Cookies & Coffees quanto nas marcas istradas por José Neto irão manter alguns hábitos adquiridos durante a pandemia, principalmente no que diz respeito às relações com suas franqueadas. Ambos os proprietários afirmam que a retomada da cobrança integral dos royalties será feita de forma gradual, para que nenhum dos franqueados seja prejudicado.
“Nossos franqueados continuam sendo um dos
nossos principais canais de venda porque é através deles que novas pessoas se
interessam em abrir sedes das marcas. Num momento posterior à pandemia, espero
que nossa relação de confiança se mantenha e possa se expandir ainda mais”, diz
José Neto.
Seguindo essa linha de raciocínio, Marcos Cazella, da Duckbill Cookies & Coffees, diz que está arquitetando a formação de um Comitê de Franqueados, que funcionará por tempo indeterminado justamente para manter a aproximação da franquia com as lojas.
“A ideia é que o Comitê unifique as demandas dos franqueados e ree para nós. Assim, poderemos atender as necessidades com mais eficiência”, finaliza.

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