No entanto, o segmento de produtos não alimentícios, que engloba insumos agropecuários, produtos têxteis, produtos florestais, biocombustíveis e tabaco, viu sua remuneração média mensal crescer 1% em termos reais no mesmo período. v3z3j

Número de informais caiu 10,3% em sete anos 1p6au

A informalidade no agronegócio diminuiu durante o período analisado, com uma queda de 10,3% no número de trabalhadores informais, resultando no fechamento de 924,3 mil postos. São considerados informais os empregados sem carteira assinada, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.

Esses resultados indicam que, embora o mercado de trabalho no agronegócio tenha encolhido ao longo do tempo em termos de empregos totais (3,9% ou 558 mil postos), a qualidade dos empregos aumentou, uma vez que os trabalhadores formalizados têm direitos trabalhistas, maior estabilidade e remunerações melhores. Assim, o agronegócio alcançou seu maior número de empregados com carteira e maior taxa de formalização para um segundo trimestre.

Na realidade do conjunto dos setores, o mercado de trabalho cresceu 9,1% entre o segundo trimestre de 2016 e 2023, impulsionado principalmente pela expansão do emprego informal (+12,4%). O emprego formal (com carteira assinada) cresceu em proporção menor (+6,7%).

Esse cenário contribuiu para uma queda na taxa de formalização do mercado de trabalho brasileiro nos últimos sete anos, ando de 58,9% no segundo trimestre de 2016 para 57,7% no mesmo período de 2023. Enquanto isso, no agronegócio a taxa de formalização subiu de 37,3% para 41,5%.

Produção "dentro da porteira" sente pouco as turbulências 2y1e6v

Em relação à produção agrícola, ela foi pouco afetada pelos momentos de turbulência e, mesmo com quebras de safra ao longo do período, acumulou um crescimento de 34,1% na produção de grãos entre os ciclos 2016/17 e 2022/23, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A pecuária também teve um bom desempenho, com poucos efeitos negativos da pandemia da Covid-19 em termos de produção. O setor se beneficiou do aumento da demanda internacional por carnes brasileiras, especialmente devido à peste suína africana, que atingiu a China. Nos últimos sete anos, o valor bruto de produção (VBP) da pecuária teve um aumento de 14,6%, destaca o Ministério da Agricultura.

Por outro lado, a atividade "fora da porteira" sentiu mais os impactos das turbulências registradas entre 2016 e 2023. No segundo trimestre deste ano, a produção agroindustrial estava 4,4% abaixo do patamar de 2016, de acordo com os dados do Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) do FGV Agro.